terça-feira, 1 de novembro de 2016

Pum vaginal.

Vaginas não precisam se alimentar de feijão com repolho para acumular gases, e os sons daquele vento fedido que sai do ânus nada tem a ver com o pum vaginal.
A flatulência é produzida dentro do nosso organismo durante o processo de digestão, já o pum vaginal não nasce na gente. O que provoca aquele barulhinho que incomoda algumas mulheres, é produzido pelo vai e vem do pênis que leva o ar de fora para dentro. Isso explica o fato de ele não ter cheiro.
Pense numa bexiga do tipo que se usa em decoração de festas. Quando está murcha, suas paredes internas ficam coladinhas. O que acontece se você soprar a bicha e depois soltá-la sem dar o nó? Ela automaticamente expulsa o ar pra voltar ao seu estado natural. E você já deve ter ouvido o som de um balão de gás esvaziando desse jeito desgovernado…

O canal vaginal passa por um troço parecido no sexo. Assim como a bexiga, ele também é uma cavidade elástica que alarga e estica à medida que a mulher fica excitada. O pênis, ou qualquer outro objeto fálico, preenche esse vácuo. Dependendo da intensidade (britadeira), do estilo das bombadas (tirar inteiro e botar de novo) e das posições sexuais (grau de dificuldade nível Cirque du Soleil)… você vai sendo inflada mesmo.

Embora seja constrangedor, a (não) reação do seu peguete só mostra como a situação é comum, principalmente na hora do xixi depois da transa, quando relaxamos os músculos da região pélvica. Vaginas peidam e tá tudo bem. Ignora ou dá uma gargalhada. E segue o jogo. Ou, sei lá, prende esse ar todo dentro de você e torce pra não sair voando por aí como o velhinho da animação UP!

sábado, 1 de outubro de 2016

As preliminares.

Sexo é mais do que penetração, as preliminares, ou pósliminares, se assim podemos chamar, é muito importante.
Para que ambos, ou quantos forem que dividam a cama, sintam prazer, é necessário conhecer e respeitar a outra pessoa. Saber até onde pode ir e/ou avançar com delicadeza se a pessoa tem algum tipo de bloqueio.
É comum a afirmação que quando o sexo acontece entre duas pessoas do mesmo gênero o prazer é maior porque, pelo fato de os dois terem a mesma anatomia, teoricamente ambos sabem explorar melhor a excitação, mas existe muita similaridade entre homem e mulher. Acompanhe.


Na parte da frente.
Até as pálpebras têm o seu lugar na lista de pontos que respiram desejo para ambos os sexos, e ainda, o pescoço e o peito também estão entre os lugares em que homens e mulheres adoram ser tocados. Entenda, mamilos.
Para elas, o umbigo é uma forte zona erógena, e ainda o clitóris e os pés.
Para eles, os testículos estimulam mais o tesão do que o próprio pênis.

Na parte de trás.
Ambos sentem prazer ao longo das costas, na nuca, nas orelhas e, no caso dos homens, na próstata. Sim, eles sentem muito prazer lá, mas a penetração masculina é tabu e a grande maioria não se permite esse ato.
Mas você pode explorar bastante a parte interna das coxas, que são as áreas erógenas em que mais oferecem prazer aos homens.
E ainda, para ambos, a bunda e o ânus. Beijos e a língua, bem usada, levam o parceiro, ou parceira, a loucura.

Amigos, divirtam-se.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Manual do sexo casual.

Boa parte dos homens se pergunta por que as mulheres não podem simplesmente se envolver em um relacionamento casual sem se apegar. O principal erro para que isso aconteça está em você. Seja por carência, falta de hábito para desenvolver o estilo “Oliver” nos momentos a dois ou medo de magoar, acabamos dando pistas de que algo a mais vai rolar e, quanto menos esperamos, a outra pessoa confunde uma brincadeira na cama por uma eventual caminhada até o altar. Para que um sexo casual se estabeleça, é preciso que algumas regras fiquem claras e que ambas as partes sigam-nas. Assim, vocês podem definir os limites no início da relação e como manter as fronteiras com o curso dele, sem que ninguém saia machucado dela. Confira quais são!

1. SEM EXPECTATIVAS E NÃO SE DEIXE LEVAR A SÉRIO 
O relacionamento é composto por nível de hierarquia e o ideal para o sexo casual é tentar ficar equilibrado nos primeiros dois degraus. Evite ficar sério para que você possa mantê-lo divertido, simples e, principalmente, sem cobranças.

2. APROVEITE COMO SE NÃO HOUVESSE O AMANHÃ
Esse tópico foi criado para tirar da cabeça a famosa frase “O que você vai fazer amanhã? Para solidificar uma relação casual, o segredo está em que só o hoje exista e importe. Para isso, fale para a parceira que trabalha por muitas horas, que sempre faz viagens para fora da cidade. Quanto menor noção ela tiver da sua agenda, menos comprometido você será. Além disso, algumas mulheres adoram um cara ocupado.

3. ESCOLHA BEM OS LOCAIS DE ENCONTRO
A chave para manter um relacionamento casual é optar por ambientes casuais. Um passeio no parque e uma cerveja no bar é muito mais recomendado do que um jantar à luz de vela ou uma comédia romântica. Além da conversa fluir fácil e alegre, você evita que elas pensem que o envolvimento ficou sério demais. A regra de ouro é escolher música alta e momentos de diversão, não sossegado, pitoresco e íntimo.

4. NÃO FAÇA PLANOS
Em determinado momento de um envolvimento sério, um encontro de fim de semana está implícito e ligações telefônicas são feitas diariamente, a princípio para fazer planos. Sem você perceber, os telefonemas são feitos para o check-in e se você perder uma chamada, você vai ouvir muito. Faça planos simples para o fim da noite, do tipo “Um amigo meu me deu um par de ingressos para um show neste fim de semana e eu realmente não quero ir sozinho.” Se ela aceitar, diga que você vai chamá-la um dia antes para ver se a proposta ainda está de pé e não peça pra ela te ligar confirmando isso.

5. NÃO ENTRE EM QUALQUER ROTINA
A chave para manter um relacionamento casual é optar por ambientes casuais. Um passeio no parque e uma cerveja no bar é muito mais recomendado do que um jantar à luz de vela ou uma comédia romântica. Além da conversa fluir fácil e alegre, você evita que elas pensem que o envolvimento ficou sério demais. A regra de ouro é escolher música alta e momentos de diversão, não sossegado, pitoresco e íntimo.

4. NÃO FAÇA PLANOS
Em determinado momento de um envolvimento sério, um encontro de fim de semana está implícito e ligações telefônicas são feitas diariamente, a princípio para fazer planos. Sem você perceber, os telefonemas são feitos para o check-in e se você perder uma chamada, você vai ouvir muito. Faça planos simples para o fim da noite, do tipo “Um amigo meu me deu um par de ingressos para um show neste fim de semana e eu realmente não quero ir sozinho.” Se ela aceitar, diga que você vai chamá-la um dia antes para ver se a proposta ainda está de pé e não peça pra ela te ligar confirmando isso.

5. NÃO ENTRE EM QUALQUER ROTINA
Com o tempo, é muito fácil vocês caírem em um padrão que, inevitavelmente vai fazê-la pensar em anéis de noivado e morar junto. Manter a comunicação inconsistente e estimular o momento elimina a possibilidade de rotina. Mantenha os encontros intervalados em sem dia fixo na semana. Se possível, desmarque  alguns dos encontros pré-estabelecidos.

6. MANTENHA A CONVERSA INFORMAL, SEM TEMAS POLÊMICOS
Falar sobre assuntos que envolvem ex-namorados, traumas da infância, crenças religiosas, políticas e futebolísticas, só gera polêmica e uma coisa pior, proximidade. Tente manter assuntos neutros, sendo o grande cara do primeiro encontro. Quer ajuda com tópicos de conversa? Temas como viagens, entretenimento, preferência de animais podem preencher suas conversas pré e pós-sexo.

7. FAÇA SEMPRE REFERÊNCIA A SUA OPÇÃO PELO RELACIONAMENTO CASUAL Para ela ter certeza de que não vai esperar nada de você, use maneiras sutis e consistentes de dizer isso durante os encontros. A intenção é invocar uma conversa agradável sem obstáculos monogâmicos. Use algo do tipo: “Eu realmente não tenho ideia de onde estarei na próxima semana.” “Eu amo o verão, mas me dá uma sensação de liberdade.” “Marquei uma viagem muito legal com amigos no Carnaval”

8. MANTENHA SEUS AMIGOS E FAMILIARES FORA DE CENA
Chamá-la para sua casa é uma coisa, mas incluí-la em todos os aspectos de sua vida é outra completamente diferente. Se você está optando por um relacionamento casual, evite convidá-la para o futebol com seus amigos. Se fizer isso, está um passo de apresentá-la ao seu irmão, pais e familiares. Manter seus amigos fora do relacionamento vai deixá-la menos pegajosa. E se ela começa a conhecer o seu melhor amigo bem o suficiente, ela pode começar a imaginá-lo vestindo um smoking no altar.

9. MANTENHA-SE LONGE DOS AMIGOS DELA TAMBÉM
Em uma relação casual, a última coisa que você quer e passar por provações de um bando de amigos dela, muitos dos quais te empurrando como o cara perfeito para ela. Subconscientemente, a garota só apresenta os amigos para você se quiser um relacionamento longo contigo. Manter-se fora de sua vida pessoal é manter o relacionamento com ela o mais privado possível.

10. SEM COBRANÇAS, SEM SATISFAÇÕES
Sexo casual envolve, prioritariamente, o fato de ter a liberdade de ir e vir, sem cobranças e satisfações. Se você escolheu esse tipo de relacionamento, não pergunte o que ela fez ou com quem saiu no sábado à noite, bem como ela não terá o direito de fazer o mesmo com você. Ciúmes não tem nada a ver com essa modalidade de relacionamento.

+ BONUS: CUIDADOS PARA A HORA H
1- Leve sua própria camisinha: se a relação é sem compromisso, use proteção.
2- Não ofereça a sua casa, caso ainda more com os pais. Se o apartamento estiver muito bagunçado, melhor irem para outro ligar, pois a desordem pode quebrar todo o clima.
3 – Nunca peça desculpas depois do sexo. Não importa o quão ruim foi a transa, admitir isso só torna a situação pior.
4 – Quando ela se levantar da cama é a deixa para se levantar também e se arrumar para ir embora.
5 – Caso estejam no seu apartamento ou em um motel, ofereça carona a parceira para ela chegar a salvo em casa.

Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/manual-definitivo-de-etica-do-sexo-casual
Manual do Homem Moderno

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

POR QUE A NUDEZ PROVOCA TANTO FUROR?

Ou poderíamos dizer, a genitália?
Orlando Bloom que ficou conhecido pelo seu personagem Legolas na trilogia O Senhor dos Anéis quebrou a internet quando fotos suas, nu, foram expostas. Na ocasião, o ator estava na Itália com a namorada, a cantora Katy Perry, e resolveu entrar no mar de Sardenha, sem roupas.
O fato é que se analisarmos pela nossa lógica, ilógica, ele não estava nu, pois usava boné e óculos escuros.
Não, espera. Mas ele estava com pênis a mostra, como você pode ver na foto ao lado.
Eu disse que não estava nu se consideramos a nossa interpretação de forma lógica. Pois, se um corpo que está todo despido, mas o orgão genital permanece coberto a pessoa não está nua. Logo, Orlando não está nu, pois usa o mínimo de roupa, ou acessório, boné e óculos.
O fato, é que a nossa interpretação não é lógica, a nudez se refere a exposição do órgão genital, não importando quantas mais peças de roupas a pessoa esteja usando.
E por que é que um pênis, ou uma vagina chama tanto a atenção e desperta tanto interesse?
Talvez pela repressão.
O pênis, a vagina e os mamilos são apenas partes do corpo e não provocam interesse, ou qualquer outro tipo de reação em terceiros quando estão expostos. A provocação e a excitação sexual depende mais das intenções e de determinadas situações, do que propriamente dos órgãos genitais. Até porque nessas ocasiões, essas partes do corpo geralmente estão cobertas.
Ninguém queria ver a barriga, ou os ombros da Katy Perry, queriam ver o pênis de Orlando Bloom, porque nossas barrigas e os ombros estão frequentemente a mostra.
Entendeu?

sexta-feira, 1 de julho de 2016

QUANDO A NUDEZ VAI ALÉM DO SIMPLES SE DESPIR.

Nudez é uma forte característica do teatro e que se torna cada vez mais natural no cinema. No entanto, mesmo em filmes com temática erótica o que víamos eram corpos despidos e nada mais. Fora do gênero pornô não é comum que os atores se exibam explicitamente. Quero dizer que apesar de deixarem a genitália a mostra, não ficam excitados.
Não é comum, isso não quer dizer que não aconteça.
Filmes como O Azul é a Cor Mais Forte, Ninfomaníaca, Short Bus e Um Estranho No Lago mostram, sem pudor, atores excitados e cenas de sexo com penetração real. E tal ato também já ocorreu nos palcos, ao vivo.
O filme Boi Neon mostra uma sequência sem cortes de um grupo de homens se banhando, nus, e uma outra cena em que o personagem vivido por Juliano Cazarré faz sexo com uma moça grávida. Ele, de pênis ereto.
O ator disse que não entende porque as pessoas não aguentam ver um pênis, acredita que exista muito machismo no cinema. E que não se sentiu exposto, mas orgulhoso.
Além disso, em sua primeira peça ele aparecia nu, no primeiro filme também e que não tem problemas com isso.
Precisamos crescer?
Talvez.
Se pagamos para assistir uma peça, ou um filme, mesmo sabendo que tudo não passa de encenação esperamos que os profissionais nos façam acreditar que seja real, então não cabe estranheza em coisas que fazemos habitualmente.
Um brinde aos humanos que humanizam a arte, e um conselho aos que ainda confundem seus panos com seus corpos, se não estiver maduro para o que possa vir a ver, não entre na zona dos adultos.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A PROVA DE QUE É NATURAL ANDAR NU.

Conforme descreve o livro "Nu. Ensaio sobre a nudez" o Artigo 233 do Código Penal criminaliza a exposição do corpo despido, mas na frase de abertura do mesmo livro, Nelson Rodrigues já disse que "só o rosto é indecente. Do pescoço pra baixo, podia-se andar nu". Creio que essa frase tenha sido para justificar que todas as expressões do ser humano são demonstradas e dissimuladas pelo rosto e que o resto do corpo expressa da forma mais sincera as emoções verdadeiras.
Assim como a beleza do corpo, a conotação sexual é uma convenção cultural. Em países africanos tribos andam despidas e os órgãos sexuais são venerados como uma representação da divindade, a fonte da vida. Mas independente de achar bonito ou feio um corpo despido, é de comum acordo que retirando os adornos e as roupas, naturalmente somos o que somos, nus.
Nascemos despidos, nos banhamos despidos e precisamos trocar de roupa com frequência, já que elas não suprem todas as nossas necessidades, então para que tanta negação da nossa composição natural?
Suprir as necessidades, esse é o x da questão.
Usamos como desculpa o uso das roupas para aquecer o corpo do frio, para protegê-lo do sol e fora isso, basicamente, como adorno. Mas quem tem o hábito de andar sem roupas, sejam os naturistas em tempo integral que vivem em espaços apropriados, ou aqueles que praticam em casa com as portas fechadas, já devem percebido que o corpo se ajusta as condições climáticas. Sim, sofremos menos calor em dias quentes, e menos frio em dias frios quando estamos nus do que quando usamos roupas em situações similares.
Em dias frios, por exemplo, sentimos mais frio quando nos vestimos. Isso porque o corpo distribui de forma igual o calor que ele próprio produz para todos os membros quando estamos nus e quando usamos alguma roupa essa distribuição fica descompensada e então sentimos mais calafrios.
Você já conhece a história dos nativos da Tierra Del Fuego?
A Terra Do Fogo é uma região gélida no sul da Argentina, onde viviam índios que, pasmem, andavam nus. A população foi dizimada pelos invasores europeus e parte da mortalidade em massa se deu pelo uso obrigatório de roupas a que foram submetidos. As roupas umedeciam e faziam com que as pessoas adoecessem, levando-as a morte.
Outra razão. Respiramos não apenas pelas narinas, mas pelo corpo todo. A nossa pele respira.
Faça a experiência.
Se não sentir a respiração cutânea, ao menos sentirá mais conforto com a resposta do corpo em relação ao clima. 

domingo, 1 de maio de 2016

OS HOMENS ESTÃO DEPILANDO TUDO, E AS EMPRESAS SE APROVEITANDO DISSO.

Não são só os pelos do rosto e do peito que os homens depilam. Tornou-se cada vez mais comum remover também os pelos pubianos.
Segundo o site britânico "Daily Mail", as empresas estão aproveitando essa oportunidade e a crescente vaidade do homem para incentivar os rapazes a gastar dinheiro com produtos para a região genital, fazendo pressão e explorando suas inseguranças relativas ao tamanho do pênis.
No entanto, não é para aumentar o tamanho do pênis que os homens depilam os pelos pubianos, e sim por questões de higiene. Ao menos foi o que disseram os homens entrevistados. E a outra razão, é para melhorar o sexo.
Matthew Hall, da Universidade de Lancaster, na Inglaterra. , realizou alguns estudos sobre homens metrossexuais para tentar descobrir por que eles estão, mais do que nunca, prestando atenção a seus pelos pubianos, e acredita que há hoje na sociedade uma maior pressão para a boa aparência.

Quanto aos cuidados para os adeptos da depilação pubiana, são os seguintes:
– Opte pelas cuecas de algodão, ao invés das de tecido sintético.
– Amaciante e sabão na hora de lavar as roupas íntimas podem causar irritação e alergias na área depilada. Para isso existem produtos de limpeza próprio, para cuecas e calcinhas, que evitam esse problema.
– Na hora do banho é legal evitar o sabonete comum e usar sabonetes líquidos especiais para essa região quem tem Ph diferenciado.
– E por fim, cuidado com os banhos quentes! As temperaturas muito altas podem causar alergia e vermelhidão nas áreas depiladas;

https://catracalivre.com.br/geral/saude-bem-estar/indicacao/mais-homens-estao-fazendo-depilacao-dos-pelos-pubianos-afirma-pesquisador/

sexta-feira, 1 de abril de 2016

PESSOAS COM PÊNIS USAM SUNGA E PESSOAS COM VAGINA USAM BIQUINI.

Ano passado tomei uma decisão importante: não uso mais biquíni. A praia é o lugar em que as desigualdade de gênero ficam evidentes, como um Apartheid: pessoas com pênis usam sunga e pessoas com vagina usam biquíni. Sempre detestei biquíni mas nunca consegui expressar bem o porquê, mas era como se aqueles poucos centímetros quadrados me penetrassem a alma furando minha dignidade. Não tinha vocabulário para me defender, só tinha a raiva. Uma raiva que foi me consumindo e me separando das pessoas. Me isolei. Não conseguia explicar. Não tinha as palavras na minha boca, mas o mal-estar me consumia.

Achava as marcas de sol em mim uma grande derrota, uma cafonice sem fim. Quando me olhava no espelho, sentia vontade de vomitar por me achar tão idiota. De uns tempos pra cá, adotei a sunga. É muito mais confortável e não fere a minha alma. Não tem fio me cortando debaixo do sovaco e nem marquinha cafona. Mas tem outras coisas.

Tem o perigo de agressão constante, tem pessoas que não me convida mais para suas piscinas, tem expulsão. Quando fico de sunga e meu peito é lido como feminino, sendo proibido e criminalizado, faço um convite. Eu te convido a aceitar o SEU corpo e a me ajudar a aceitar o meu. Te convido a cooperar com a ocupação dos corpos trans nos espaços de convivência. Te convido a entender que peito e boceta são partes do corpo humano como outras qualquer. Te convido a respeitar os direitos das mulheres e te convido a mudar a seguinte realidade: o Brasil é o país que mais mata trans no mundo.

O verão pode ser bem barra pra quem sempre escutou que o próprio corpo é errado. A estação tem esse apelo de celebração corporal, mas como faz isso quem é ensinado a se odiar? Sim, porque o que mata a gente é o ódio e ele vem de todos os lados. Da sociedade, da escola, da família… E chega tão perto que entra na gente.

Me abrir aqui, nessa coluna, é um ato de amor próprio e aos meus iguais. Eu não acho justo que nessa época do ano, que é tão BIZARRAMENTE quente em nosso país, parte da população seja simplesmente proibida de ocupar as piscinas públicas e as praias. Quantos homens trans você já viu na praia? O que parece é que para ocupar esse espaço de mínimo frescor a gente precisa ser obrigado a se vestir e comportar como pessoas CISgêneras, o que não somos. É real, não nos identificamos com o gênero que nos obrigaram a viver. E gênero, meu amor, está no biquíni e na sunga.

Quero aproveitar esse espaço para agradecer a todas as pessoas que não me deixaram ser espancado nas praias cariocas, que cooperaram comigo, que sentaram perto, que me enviaram olhares de suporte. Em especial, agradeço às mulheres. Não teria a coragem de tirar a camiseta se não tivesse vocês por perto. E para quem não entendeu ainda, a imagem é a seguinte: tenho peito, vagina e uso sunga na praia. Sou homem trans e não quero morrer de calor. Só isso. Não quero chocar ninguém. Quero ir a praia, me divertir. Eu, Ariel Nobre, 28 anos, me autorizo a vestir roupas adequadas ao meu gênero em espaços públicos. #Transvivo ou morte!

http://www.revistaforum.com.br/osentendidos/2016/01/13/nao-uso-mais-biquini/

terça-feira, 1 de março de 2016

HOMENS QUE FAZEM SEXO COM OUTROS HOMENS, MAS NÃO SÃO GAYS.

Homens que fazem sexo com outros homens e não são homossexuais. É mais habitual do que se pode imaginar. Mas o que leva alguns homens a essas práticas? E por que é incorreto catalogá-los como gays?

Hoje em dia, a aceitação da diversidade sexual é muito maior do que no passado. Os conceitos como heteroflexível ou heterocurioso estão permitindo aos homens explorar sua sexualidade sem a necessidade de questionar sua identidade como heterossexuais. Por outro lado, a Internet facilita o contato, que pode ser virtual ou físico. Os especialistas acham isso a coisa mais natural do mundo, pois partem da premissa de que uma coisa é a orientação sexual de um indivíduo, e outra as práticas que ele realiza.

A orientação sexual é construída socialmente, forçosamente, pois alguém precisa se encaixar em alguma das três classificações, heterossexual, homossexual ou bissexual. Por outro lado, a prática sexual é mais flexível e mais livre, é um conceito descritivo, onde um espaço tremendamente saudável na exploração do desejo se abre quando a pessoa se liberta da identificação com uma orientação sexual.

Na Roma antiga, não era raro que um homem comprometido com uma mulher mantivesse um amante. Por não falar do que acontecia nos bacanais. E jovens de todas as épocas recorreram a passatempos com uma conotação sexual difusa. Na adolescência é bastante comum que haja jogos de certa forma associados aos genitais como, ver quem urina mais longe, ver quem tem o pênis maior, e existem toques.

Em 2006, um estudo sobre a discordância entre comportamento sexual e identidade sexual realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York revelou que 131 homens, de um total de 2.898 entrevistados, admitiram ter relações com homens apesar de se definirem como heterossexuais. Pelos cálculos dos especialistas, esse grupo representa 3,5% da população. Há anos, os médicos empregam a sigla HSH para se referir ao conjunto dos homens (héteros ou gays) que fazem sexo com outros homens. Mas, recentemente, aflorou outro acrônimo mais preciso para definir esse grupo: SMSM (“straight men who have sex with other men”, ou homens heterossexuais que fazem sexo com outros homens). Sites como o Straightguise.com se dedicam ao tema.

Em julho, saiu os EUA o livro Not Gay: Sex Between White Straight Men (“Não gay: sexo entre homens brancos heterossexuais”), em que a professora Jane Ward, da Universidade da Califórnia, fazia a seguinte colocação: uma garota hétero pode beijar outra garota, pode gostar disso, e mesmo assim continua sendo considerada hétero; seu namorado pode inclusive estimulá-la a isso. Mas e os rapazes? Eles podem experimentar essa fluidez sexual? Ou beijar outro garoto significa que são gays? A autora acredita que estamos diante de um novo modelo de heterossexualidade que não se define como o oposto ou a ausência da homossexualidade. A educação dos homens tem sido bastante homofóbica. Fizeram-nos acreditar que é antinatural ter esses impulsos por outros homens.

Ceder para esses impulsos podem vir de várias razões. Do explorador sexual que gosta de provar coisas novas, do narcisista que gosta que prestem atenção nele, por falta de alternativa por estar privado do contato com mulheres por períodos prolongados, ou do desencanto com as mulheres depois de alguns rompimentos conjugais. O fato é que acontece uma espécie de regressão, volta-se a um estágio anterior no qual os homens se sentiam bem juntos, como na adolescência. Em muitos casos é uma necessidade mais afetiva do que realmente sexual.

Nos homens há muita tendência à genitalização. Entre a cabeça e os genitais há o coração, que representa os sentimentos, e os intestinos, que simbolizam os comportamentos mais viscerais e as emoções mais intensas, mas é como se os homens tivessem aprendido a fazer um desvio passando da cabeça diretamente para os genitais, sem viver plenamente as emoções. No caso das mulheres, por tanta repressão da sua sexualidade e por medo da gravidez, acontece o contrário: elas têm muita dificuldade de genitalizar. Para um homem às vezes é mais fácil fazer isso do que expressar emoções mais sutis ou dizer a outro homem: É que me sinto inseguro, tenho medo, sinto-me frágil, não sei o que quero.

Alguns desses neo-heterossexuais não se atrevem a viver uma experiência porque isso ameaça o seu status e sua imagem. Diante do conflito, para suprir a necessidade do contato com outro homem ou para reforçar sua masculinidade, integram-se a atividades tipicamente masculinas (futebol, musculação).
Os psicólogos são unânimes em dizer que quando essas experiências não provocam um conflito no indivíduo, se não estão incomodados, não há nada para tratar.

(http://brasil.elpais.com/brasil/2015/08/24/sociedad/1440425476_656178.html).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SEPARAR ROUPA POR GÊNERO É COISA DO PRESENTE.

Sim, é isso mesmo.
Equivocadamente Jaden Smith, o filho do ator Will Smith, que usa roupa feminina, chegou a comentar que separar roupas por gênero é coisa do passado, mas no passado os homens usavam saias, leggin, salto alto, peruca e vários adornos como anéis, colares e piercings. E as mulheres já foram proibidas de usar calças e cabelos curtos.
No entanto, o jovem de 17 anos prestou um grande favor a sociedade. Ele nos lembrou que as definições de vestuários foram formatadas ao longo dos séculos e algumas dessas transformações se definiram a pouco tempo. A cor rosa, por exemplo, que se tornou uma referência feminina, era atribuída a masculinidade até a década de 1920. Aliás, até esse período da história, meninos e meninas usavam vestidos.
Bem, o fato é que a nova ação da marca Louis Vuitton está botando lenha na fogueira e convidou o ator e músico Jaden Smith para estrelar a campanha de lançamento de sua coleção feminina para o verão de 2016. É uma estratégia de marketing e provavelmente não haverá uma invasão de garotos nas lojas para meninas e tão pouco será desmontada as construções de gêneros, mas que sirva, ao menos, para aumentar a tolerância dos que não gostam, ou não tem coragem, para com os que tem estilo.
Estamos saindo das caixinhas. Que bom.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

5 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE TRANSEXUAIS.

Rolou babado, barulho e confusão na internet quando a revista “Mais JR” divulgou imagens de Thammy Gretchen sem camisa. Desde a cirurgia para retirada das mamas - porque “não aguentava mais conviver com aquilo” - e a intensificação do tratamento hormonal, é a primeira vez que o ator aparece em público de peito aberto. Separei alguns dos comentários transfóbicos atacando Thammy nas redes sociais para explicar cinco coisas que você PRECISA ENTENDER SOBRE TRANSEXUAIS.

1. “Não sou contra a opção sexual de ninguém, mas…”
Vixe, vários problemas numa frase só. Primeiro que a pessoa não ESCOLHE ser gay, lésbica, bissexual. Do tipo “ai, legal, vou aderir a essa moda” – como se estivéssemos falando de jeans detonado ou cropped. A gente NASCE com uma ORIENTAÇÃO sexual e percebe com o tempo para onde se dirige o nosso afeto (homens, mulheres, ambos). Assumir ou não depende do ambiente em que crescemos e das nossas próprias crenças: se sou filha de uma família conservadora e acredito que me sentir atraída por alguém do mesmo sexo é pecado… então provavelmente vou sofrer/esconder essa verdade.
Fora isso, transexualidade NÃO É uma orientação sexual (hétero, homo, bissexual). Agora eu preciso desenhar porque é difícil mesmo. Imagine um bebê que acabou de ser parido, ok? Do ponto de vista biológico, vamos olhar para os genitais: se tem pênis, é macho; se veio com vagina, é fêmea. Daí esse pequenino virou uma criança de quatro anos bem confusa. Porque dentro da cabeça, se sente menino e não entende porque as pessoas lhe tratam como menina. Querem lhe botar vestidos rosas, fazer matrícula no balé e encher de bonecas. Pede aos pais que lhe cortem o cabelo curtinho, odeia os seios, sonha em ter uma barba.
Para a sociedade, a relação entre sexo biológico e identidade de gênero (feminino e masculino) é direta. Vagina-menina, pênis-menino. O que fazer, então, quando essa pré-adolescente chega constantemente chorando para a mãe e diz “eu não quero ter esse corpo, eu não me reconheço, eu queria ter nascido homem”? Percebe agora que não tem nada a ver com orientação sexual? Transexuais não acordam um belo dia determinados a “mudar de corpo/comportamento” para chocar a sociedade! Eles apenas não se sentem adequados ao gênero atribuído ao genitais. Exemplo: “não sou mulher só porque nasci com vagina, não me enxergo dessa forma”.

2. “Ela nasceu com vagina, então nunca vai ser um homem”.
Hum, então somos definidos como homem/mulher de acordo com nossos genitais e características femininas/masculinas que nosso corpo apresenta?
Um exercício rápido só pra eu ver se entendi o raciocínio. Uma mulher que nasceu sem útero e ovários é o que exatamente? Um homem? Uma aberração da natureza? Uma adolescente com distúrbio de ovários policísticos que se depara com o crescimento de pelos na face não pode ser considerada uma menina? Ou um garoto com excesso de peso ou problemas hormonais, que desenvolveu enormes mamas, deixa de ser garoto?
Thammy Miranda nasceu com uma vagina, por exemplo. Mas se sente (e portanto É) homem, mesmo que você ache que ele nunca será um. Thammy recorreu à cirurgia para retirada dos seios e ao tratamento hormonal para que o corpo se adapte à identidade interior dele. Claro que isso eleva a autoestima, reduz quadros de ansiedade e depressão etc. Dizer “só falta botar um pau agora pra não precisar de vibrador” é, no mínimo, de uma ignorância agressiva. Thammy tem dedos e boca, certamente sabe que 7 em cada 10 mulheres não gozam com penetração – só conseguem orgasmo com estímulo do clitóris. Se quiser submeter-se a um bisturi para transformar sua vagina em pênis será muito mais por uma questão estética/emocional do que funcional (nem todas as cirurgias garantem que o paciente conseguirá ter ereções).

3. “Vaca, só tá querendo chamar atenção”.
Ai, sério. Quem toparia arrancar os peitos, engrossar a voz, aumentar a quantidade de pelos… só pra chamar atenção? Quem adoraria acordar todos os dias com uma enxurrada de comentários transfóbicos e criminosos nas redes sociais? Menos histeria, mais informação.

4. “Que Deus tenha misericórdia”.
A Bíblia tem várias interpretações. E, como todo texto, cada interpretação diz mais sobre quem interpreta do que sobre quem escreveu. Além disso, lamento dizer, a Bíblia não é um manual unânime sobre como viver no Planeta Terra. Existem vários: Torá, Alcorão, Evangelho Espírita etc. Alguns conduzem suas ações com base no “Minuto da Sabedoria” ou nas previsões astrológicas de Susan Miller. Para as pessoas que sequer acreditam num plano divino, o seu Deus não significa absolutamente nada – muito menos os mandamentos dele. E, inclusive com base no conceito de livre arbítrio, todas merecem respeito pelo que são e pelas decisões que tomam (como operar ou não seus genitais). Fica tranquilo(a) que, se Deus existir mesmo, é tarefa dele julgar e punir como lhe parecer apropriado. Você não precisa se encarregar disso por aqui.

5. “Ridículo a mídia falar dela no masculino”.
Se o seu nome é Analgisléia, isso te constrange e você pediu às pessoas que te chamem de Ana… o mínimo que podemos fazer é respeitar a sua decisão. Não faria o menor sentido se referir à Thammy como mulher e usar o pronome “ELA”. Não depois de Thammy ter se percebido transexual, encarado a opinião pública, um tratamento hormonal e uma cirurgia para ser reconhecido como homem.
BÔNUS: Só pra atrapalhar mais ainda suas ideias… Thammy não é lésbica. Afirmando-se como homem e namorando uma mulher, é heterossexual. Durma com esse barulho!

(Nathalia Ziemkiewicz é jornalista, educadora sexual e idealizadora do blog Pimentaria. Quer apimentar o mundo com informação e bom-humor).

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

FOTÓGRAFA REVELA BASTIDORES DE FILMES PORNÔS.

A fotógrafa Sophie Ebrard decidiu elaborar uma série chamada de "It's Just Love ("é apenas amor") e para tanto, acompanhou os bastidores dos filmes pornô pelo mundo fazendo registro, não apenas de sexo explícito, mas dos momentos de descontração dos colegas de trabalho.
Sophie quis mostrar ao público o lado humanizado dos atores e atrizes que atuam nesse mercado que são lembrados basicamente pelos nus.
Mais fotos, e em cores, você encontra no site do projeto clicando aqui.