domingo, 10 de abril de 2011

ENQUANTO ISSO NU.

Observei no vestiário de um clube uma placa com os seguintes dizeres: "Permitida a entrada de meninas só até os 5 anos".
Todas as vezes que entrei lá tinha algum cara pelado, pensei: "Se algum responsável por uma menina deixa que ela entre aqui, então é porque em casa o clima é bem descontraído". E daí qual é o problema?
Nenhum, creio eu.
Logo a restrição de idade para permitir uma menina entrar no vestiário masculino não é pela criança, mas pelos homens. Nem todos devem se sentir a vontade, nu, com uma garotinha perto.
A criança só desperta a curiosidade pelos genitais se os adultos a provocam, achando que estão a protegendo. Mas do quê?
Uma amiga me contou que ela e o esposo tomavam banho com a filha até ela entrar na puberdade e não foram eles, os pais, que interromperam o rito, foi a adolescente que envergonhada pela mudança no corpo resolveu se banhar sozinha.
Pessoas que passam por essa experiência na infância são mais desencanadas em relação ao sexo, quando adultas.
Logo na minha primeira incursão numa praia de nudismo, de repente, me peguei andando por entre um grupo de crianças, meninas inclusive, que brincavam na areia e eu fui só mais um que passou por ali bem perto da mãe que estava tomando sol. Ah, se eu tivesse tido a oportunidade disso quando pequeno... Vi meu pai nu algumas vezes, mas genitália, sexo, sempre foi tabu na minha família.
Hoje vejo que isso é pura bobagem e que em algumas situações, quando o outro está nu, o respeito dobra. Quando o corpo está todo exposto, os olhos são o foco da atenção no momento.

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