Desde criança somos condicionados a separar tudo e ter que obrigatoriamente escolher por algo.
E as escolhas já são pré estabelecidas para os padrões nos quais já nascemos inseridos. Por exemplo, usar azul se é menino e rosa se é menina. Sapato desse estilo para um e daquele estilo para o outro. E assim por diante.
No entanto, tudo, qualquer coisa, teve um início e nem sempre, ou nunca, coerente com uma lógica.
No passado, homens usavam saltos, brincos, perucas... E quando pararam? Por quê?
Hoje os brincos já estão mais presentes e aceitos com mais naturalidade (inclusive nas duas orelhas, como eu uso), mas outros adereços como o kilt, desde que não seja no Reino Unido, é um ato de ousadia.
Seguindo esse padrão, a sexualidade é tão quadrada que em pleno século XXI as pessoas que se relacionam com outra do mesmo sexo ainda são marginalizadas, como os homens e mulheres que eram enforcados e/ou queimados como bruxos na Idade Média, por asneiras do tipo fazer frituras com azeite e não com a banha do porco.
Bem, em relação ao sexo, ou você é homem ou mulher.
Ok.
Não quero entrar nos detalhes físicos. A questão é o coito, a transa.
Se há em algum lugar escrito que homem não deve transar com homem e nem mulher com mulher, é porque esse ato já aconteceu com muita regularidade e por alguma razão incomodou muito quem determinou essa lei.
E ainda que hoje muita gente diga ter a cabeça aberta e nenhum problema com a homossexualidade, divide os seres humanos entre homens, mulheres e gays.
É medíocre limitar uma pessoa pelo que ela faz na cama.
Ninguém olha para uma pessoa e diz: aquele cara curte fio terra com a esposa dele.
Ou: Aquela mulher gosta de usar brinquedos na transa.
Mas se o homem transa com outro homem e a mulher transa com outra mulher, isso sim, a reprovação do ato, a hironia, ou até mesmo a curiosidade fica estampada no olhar, no sorriso e até na respiração da sociedade.
Sexo é uma necessidade biológica, então por que não tratá-lo apenas como um direito humano?
Por que limitar a forma que cada pessoa deve executar o ato.
Por que não tratar o sexo apenas como sexo, indiferente de quantas pessoas estão envolvidas, da biologia e da forma de fazê-lo?
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